Que que isso! No sexto dia de Jogos Paralímpicos Paris 2024, o Brasil seguiu dominante no atletismo. Na primeira oportunidade, Jerusa Geber conquistou o ouro nos 100m T11 com um tempo de 11s83. A saber, era a única medalha que faltava na carreira da atleta de 42 anos. Na mesma prova, Lorena Spoladore marcou 12s14 e levou o bronze.
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Tricampeã mundial da prova, Jerusa Geber já havia conquistado uma prata (Londres-2012) e um bronze (Pequim-2008) em Jogos Paralímpicos na categoria. Em Paris-2024, então, a expectativa era justamente obter o tão sonhado e inédito ouro paralímpico. E assim ela o fez! A acreana dominou a as duas provas que competiu.
Nas semis, venceu a sua bateria e estabeleceu o novo recorde mundial (11s80). Na final, voltou a se aproximar da melhor marca e garantiu a medalha de ouro com sobras.
Lorena Spoladore também fez bonito e garantiu o bronze. Ela ficou apenas um décimo de segundo atrás da chinesa Liu Cuiqing. Além disso, esta foi a terceira medalha de Lorena em Jogos Paralímpicos, todas em modalidades diferentes. Na Rio-2016, ela foi prata no revezamento 4x100m e bronze no salto em distância.
Rayane Soares é prata nos 100m T13
Nos 100m T13, para atletas com deficiência visual, Rayane Soares fez a prova de sua vida para chegar à medalha de prata, sua primeira em Paralimpíadas.
A velocista fechou a prova em 11s78, melhor marca de sua carreira e novo recorde das Américas, atrás apenas de Lamiya Valiyeva, do Azerbaijão, que ficou com o ouro estabelecendo o novo recorde mundial da prova, com 11s76 – a marca da brasileira também foi abaixo do antigo recorde, de 11s79. A irlandesa Orla Comerford completou o pódio com 11s94.
Matheus Evangelista é bronze no salto em distância T37
O atletismo brasileiro chegou à quarta medalha do dia e Mateus Evangelista alcança também o seu terceiro pódio paralímpico na carreira. Nesta terça-feira (3), o brasileiro marcou 6,20m e garantiu a medalha de bronze no salto em distância T37.
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Medalhista de prata na Rio-2016 e bronze em Tóquio-2020, Mateus Evangelista esteve perto de repetir o feito da Paralimpíada no Brasil. Isso porque o brasileiro teve a segunda melhor marca na final, ao lado do queniano Samson Opiyo. Mateus, inclusive, estava com a prata no peito até o a última série de satos, já que a marca de desempete dele (6,01) era maior do que a de Opiyo.
No entanto, o atleta queniano saltou para 6,15m e ultrapassou a marca do brasileiro para garantir a prata. O argentino Lionel Impellizzeri dominou a final e ficou com a medalha de ouro. Impellizzeri completou três saltos que lhe garantiriam o título (6,42; 6,37 e 6,40).
Outras finais
Além das provas com medalhas, o Brasil esteve presente em outras três finais. No entanto, os brasileiros não conseguiram subir ao pódio. Primeiro, Keyla Barros marcou 58s34 nos 400m T20 e terminou na 7ª colocação. Em seguida, Maria Clara Augustoobteve a sua melhor marca da temporada 12s63, mas também ficou em 7º lugar.
Por fim, o atual bicampeão mundial dos 400m T20, Samuel Oliveira, ficou sem medalhas. O brasileiro marcou 48s59, praticamente dois segundos atrás de seu melhor tempo e ficou “apenas” nas 5ª colocação. Já Daniel Martins, campeão na Rio-2016, marcou o tempo de 48s91 e ficou em 7º lugar.