O Náutico, clube pernambucano que atualmente esta Série C do Campeonato Brasileiro, recebeu uma oferta de R$ 980 milhões para se transformar em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Aporte é válido pelos próximos 10 anos por 90% das ações do Alvirrubro. A empresa é a NewCo (Corporation) Group, composta de empresários com expertise no futebol e também no campo imobiliário.
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Há uma expectativa de que nos próximos dias haja uma tratativa formal dos investidores para celebrar o acordo. O Náutico negocia os termos para receber uma proposta vinculante, ou seja, que estabeleça obrigações, sob pena de multa caso não seja cumprido. Dirigentes da equipe gostaram da proposta, porém, há questionamentos que precisam ser discutidos.
Valor aumentaria de acordo com “sucessos” do Náutico
Esse valor é composto por: dinheiro que eles precisarão injetar nas finanças da SAF para a parte estrutural e no pagamento de dívidas, por exemplo) e também uma série de mínimos garantidos, em termos de orçamento para o futebol pelos próximos 10 anos. Hoje na terceira divisão, o aporte seria o dobro do que foi registrado na atual temporada.
Claro, aumentaria com os objetivos alcançados pelo clube: acesso e títulos. O restante do montante dos R$ 980 milhões estaria atrelado a possíveis investimentos no Centro de Treinamento Wilson Campos, Estádio dos Aflitos e no pagamento de dívidas.
Presidente do clube falou sobre SAF em fevereiro
O próximo passo será a apreciação do Conselho Deliberativo e, em caso de aprovação, a proposta da SAF seguirá para votação na Assembleia Geral dos Sócios. Diógenes Braga, presidente do Timbu, já havia discutido sobre o assunto em fevereiro.
“Tem avançado. A grande questão é: a gente pode buscar uma SAF com a roupa que a gente está vestindo hoje ou a gente pode vestir o clube bem direitinho e a SAF chegar neste momento. A gente está vestindo o clube para fazer uma SAF que seja muito saudável. A gente precisa não só de toda questão de valuation, mas ter um conhecimento total das questões do passivo do clube, posicionar o clube da melhor forma”, disse o presidente.
“Se a gente faz a SAF antes de aderir a Liga Forte Futebol (LFF), isso tem diferença. Se você faz uma SAF com um passivo todo lá, para que o investidor chegue e se responsabilize por isso, tem um desenho. A gente está vestindo o clube da melhor forma para que a gente evolua para a SAF de uma forma que a gente consiga ter, dentro do processo de negociação com o investidor, a gente possa posicionar contrapartidas ou pontos contratuais que deem a melhor tranquilidade para o futuro do clube”, completou Diógenes Braga.