Dobradinha! Os brasileiros Júlio César Agripino e Yeltsin Jacques, ambos no Paratlétismo, garantiram mais medalhas para o país no segundo dia de Paralimpíadas. Júlio inclusive, completou a prova com o tempo de 14min48s85, novo recorde mundial e paralímpico da distância. A prata ficou com o japonês Kenya Karasawa.
“Estou muito feliz, é muita emoção ser campeão paralímpico e quebrar o recorde mundial. Mostra a força da periferia, comecei a treinar só tinha um campinho. Mas com muita força e determinação eu consegui vencer, sempre tem altos e baixos na vida, mas agora sou campeão paralímpico. Dedico também essa medalha para o meu avô”, disse Júlio.
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Júlio teve ceratocone, doença degenerativa na córnea, diagnosticada aos sete anos. Ele era atleta convencional do atletismo e migrou para o paradesporto por meio dos treinadores do Centro Olímpico.
“Sempre tive dificuldade para controlar a parte mental, me concentrar. Eu chegava bem condicionado, mas falhava na concentração. Conversei ontem com minha psicóloga, falei que estava um pouco nervoso, mas hoje acordei e pensei, vou ganhar. Ela falou que eu iria reagir bem e foi o que aconteceu”, afirmou Júlio.
Yeltsin conquista sua terceira medalha
Yeltsin conquistou sua terceira medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. O brasileiro é o recordista mundial nos 1500m com o tempo de 3min57s60, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
Yeltsin nasceu com baixa visão. Ele conheceu o atletismo ajudando um amigo, totalmente cego, a correr. Então, começou a treinar junto com ele para competir e iniciou sua carreira nos Jogos Paralímpicos Escolares em 2007.
“Cada atleta é um herói da natureza. E eles têm um desafio diário, principalmente por falta de investimento, por falta de ajuda. O Bolsa Atleta é comprovadamente um case de sucesso, já constatado em apenas dois dias de competições nos Jogos Paralímpicos Paris 2024”, comemora o ministro do Esporte, André Fufuca.